Salário do alto escalão dos bancos nas alturas 

Enquanto bancários trabalham sobrecarregados e os clientes são explorados com a cobrança de juros e tarifas absurdas, o alto escalão dos bancos nada em maré mansa. Para se ter ideia, um membro da direção do Itaú chega a receber até 832 vezes o salário de um escriturário.

Em cifras, o diretor embolsou R$ 48 milhões somente em 2018, ganho mensal média de R$ 4 milhões. O valor inclui salários, bônus extras e outras vantagens, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

Na outra ponta, o escriturário recebeu pouco mais de R$ 56 mil no ano passado. Uma total desvalorização do profissional se comparado aos diretores das organizações financeiras. 

A lista de remunerações mais altas tem, na sequência, a diretoria do Santander. O alto escalão do banco espanhol colocou nos cofres nada menos do que R$ 43,068 milhões cada um. 

Enquanto isso, os funcionários sofrem com as mudanças arbitrárias da empresa, a exemplo do vale alimentação e refeição, que passou a ser Ben Visa Vale. Até hoje, há relatos de problemas na utilização da bandeira.  

Além de Itaú e Santander, completam a lista dos três que pagam milhões à direção, o Bradesco, R$ 27,684 milhões em um ano.

Outros países
Em países como Alemanha e Japão, diretores executivos de grandes empresas ganham, no máximo, sete vezes o salário do funcionário. No Brasil, fora do setor financeiro, 601 empresas foram analisadas e o salário do alto escalão é 34 vezes maior do que um funcionário operacional. Nos bancos, a realidade é discrepante e injusta.