Marketing de saúde, rotina de doenças
Dentro da realidade corporativa, pouco ou nada se faz para que os trabalhadores possam se exercitar.
Por Julia Portela
Praticar qualquer tipo de atividade física, independentemente da intensidade, idade ou condição de saúde, contribui para melhorar funções cognitivas essenciais, como memória, atenção e raciocínio. Além disto, favorece a coordenação motora, a tomada de decisões e o bem-estar geral.
Mas, dentro da realidade corporativa, pouco ou nada se faz para que os trabalhadores possam se exercitar. Apesar da recente onda de “benefícios de academia” oferecidos por algumas empresas, esta prática ainda é superficial e distante da realidade da maioria. Em locais onde a jornada de trabalho prende o funcionário por 9 horas, não há estímulo real nem condições para inserir o exercício físico na rotina.
Tomados pela lógica do lucro, CEOs e diretores preferem manter jornadas exaustivas e inflexíveis a permitir que as pessoas tenham tempo para cuidar da própria saúde. O resultado? Mais estresse, adoecimento e menos qualidade de vida, o oposto do que pregam nas propagandas.