Representatividade feminina e fortes emoções marcam o Prêmio Alice Bottas 

Representatividade feminina importa, influencia e inspira meninas, como Duda Santana, a atriz mirim que encantou a todos que estavam no Prêmio Alice Bottas, na noite desta quinta-feira (23/03), ao declamar o cordel A Lei Maria da Penha

Representatividade feminina importa, influencia e inspira meninas, como Duda Santana, a atriz mirim que encantou a todos que estavam no Prêmio Alice Bottas, na noite desta quinta-feira (23/03), ao declamar o cordel A Lei Maria da Penha. O auditório do MAB (Museu de Arte da Bahia) aplaudiu de pé a jovem, que desde muito cedo já entende o papel da mulher na sociedade.

 

Foi uma noite memorável, de congratulações, fortes emoções, mas de muita reflexão sobre a necessidade de amplificar a luta e dar protagonismo às mulheres. “Estamos na sétima edição do Prêmio Alice Bottas e o Sindicato dos Bancários da Bahia entende a importância da mulher para a sociedade. Todas são vitoriosas pelas suas histórias”, afirmou a diretora de Gênero, Martha Rodrigues. 

 

 

 

Prêmio Alice Bottas nasceu do desejo de dar visibilidade para uma bancária pioneira da luta feminista no Sindicato. “A cada ano, as oito mulheres são a representação de muitas outras, fazendo alusão ao 8 de março. É uma premiação simbólica, afetiva, mas de muita resistência”, lembrou o presidente da entidade, Augusto Vasconcelos. 

 

 

O que elas dizem: 

 

Patrícia Viana (Bancária) – “Sozinha a gente não consegue nada. Essa homenagem é especialmente para as guerreiras fibromiálgicas. Para muitos, nós somos invisíveis, mas o Sindicato nos enxerga”. 

 

Georgina Maynart (Comunicação) – É uma honra estar ao lado dessas mulheres fantásticas que nos inspiram. Tanto quanto participei de grêmio estudantil, como em coberturas jornalísticas, o Sindicato sempre esteve lá. Parabéns pela história de luta e por abrigar as outras categorias também. 

 

Maria José Silva (Sindical) – “Digo para as mulheres sempre terem força de vontade e nunca terem medo, muito menos aceitarem algum tipo de violência”. 

 

Sônia Argollo (Responsabilidade Social) – “Eu escolhi a opção de ajudar aquele que depende de nós para sobreviver. Sejamos melhores para o mundo porque há muito a se fazer”. 

 

Geisa Maria Barbosa (Cultura) – “Esse prêmio é para as novas gerações. É para inspirar as mulheres, principalmente as meninas de onde eu vim”.

 

Iyá Marcia de Ogum (Combate à Intolerância Religiosa) – “Enquanto mulher preta, receber esse prêmio é uma reparação. Os meus ancestrais viveram em um tempo em que, quando muitas mulheres estavam lutando por melhorias, as minhas irmãs estavam cuidados das suas crias”. 

 

Jaqueline Góes (Ciência) – “Esse não é o primeiro prêmio que ganho, mas é o primeiro que me sinto acolhida. Sou uma mulher negra, nordestina e cientista em um lugar ocupado majoritariamente por homens e brancos. Não tive referência, mas quero ser referência de outras meninas”.

 

Alessia Tuxá (Luta Indígena) – “É uma honra receber esse prêmio representando o meu povo, que só ocupava o espaço da Defensoria Pública como assistido e não como membro. Estamos aqui para abrir portas e caminhos”.