Ataque ambiental pós COP-30
A COP30 sequer esfriou e o embate entre governo e Legislativo já expôs, mais uma vez, a disputa entre quem defende a vida e quem se curva aos interesses do capital. O Congresso Nacional derrubou, nesta quinta-feira (27/11), parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei de Licenciamento Ambiental uma ofensiva que avança em ritmo acelerado contra a proteção ambiental.
Por Julia Portela
A COP30 sequer esfriou e o embate entre governo e Legislativo já expôs, mais uma vez, a disputa entre quem defende a vida e quem se curva aos interesses do capital. O Congresso Nacional derrubou, nesta quinta-feira (27/11), parte dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei de Licenciamento Ambiental uma ofensiva que avança em ritmo acelerado contra a proteção ambiental.
Em agosto, o governo havia vetado 63 trechos da proposta por entender que o texto fragilizava o licenciamento justamente quando o país enfrenta eventos climáticos extremos. Os vetos tinham como objetivo resguardar todos os biomas e a saúde da população, em sintonia com o que o Brasil defendeu na COP30: responsabilidade ambiental e compromisso com a vida.
A derrubada dos vetos ocorre em um dos momentos mais críticos para o planeta, quando tragédias climáticas atingem comunidades inteiras, destroem economias locais e aprofundam desigualdades. Mesmo diante deste cenário, setores do Legislativo insistem em impulsionar um modelo predatório, movido por pressões do agronegócio mais atrasado e da mineração ilegal.
A decisão do Congresso revela um projeto que coloca o lucro acima da ciência, da sociedade e do futuro. Enquanto a pauta ambiental segue tratada como obstáculo por grupos comprometidos apenas com os seus privilégios, o país assiste a um ataque direto às políticas de proteção ambiental e ao bem-estar coletivo, uma escolha que custará caro às próximas gerações.
