IA no trabalho e o temor pelo desemprego
Enquanto os empresários exaltam os ganhos com automação, por conta da redução de custos e maximização dos lucros, os trabalhadores sofrem com a invisibilidade, pressão psicológica, perda de autonomia e demissões.
Por Ana Beatriz Leal
A exata dimensão do desemprego que a Inteligência Artificial tem causado, e tende a se agravar, se expressa bem na declaração do consultor que assessora grandes empresas na implementação da IA, Elijah Clark.
"Como CEO, posso dizer que estou extremamente entusiasmado com isso. Eu mesmo já demiti funcionários por causa da IA. A IA não faz greve. Não pede aumento salarial”. Um completo absurdo e uma negação dos direitos dos trabalhadores.
Enquanto os empresários exaltam os ganhos com automação, por conta da redução de custos e maximização dos lucros, os trabalhadores sofrem com a invisibilidade, pressão psicológica, perda de autonomia e demissões.
Estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), junto com o NASK (Instituto Nacional de Pesquisa da Polônia), mostra que um em cada quatro empregos no mundo está potencialmente exposto à transformação pela inteligência artificial generativa.
Outro estudo conduzido pela LCA 4Inteligence, considerando 435 ocupações no Brasil, revela que 31,3 milhões (de um universo de 103,2 milhões de ocupações no país) serão afetadas, em maior ou menor grau, pela IA.