Itaú que cresce pisando em gente
Entre 2018 e 2025, o Itaú fechou mais de 2 mil agências e reduziu significativamente o número de postos de trabalho, enquanto anunciava planos de “modernização”, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Por Camilly Oliveira
Funcionários do Itaú em todo o país realizam, nesta terça-feira (14/10), o Dia Nacional de Luta para denunciar o fechamento de agências, demissões, as metas e o assédio moral. A mobilização denuncia o abismo entre os lucros bilionários do banco e o descaso com quem sustenta os resultados.
Entre 2018 e 2025, o Itaú fechou mais de 2 mil agências e reduziu significativamente o número de postos de trabalho, enquanto anunciava planos de “modernização”, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Em contrapartida, apenas primeiro semestre de 2025, lucrou R$ 22,6 bilhões. No evento Itaú Day, em setembro, a direção da empresa reafirmou a meta de transferir 75% dos clientes para o ambiente digital até 2028, estratégia que, na prática, significa a substituição de pessoas por sistemas automatizados.
A tensão aumentou após as mais de mil demissões realizadas em 8 de setembro. Diante da postura autoritária da direção, os bancários decidiram transformar a indignação em luta. O dia 14 será marcado por manifestações, panfletagens e ações digitais para escancarar o contraste entre o lucro recorde e a política cruel de cortes.