Big techs lucram com o sofrimento alheio
Grande parte do lucro da Meta, que é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, vem de publicidade. Muitos anúncios têm público direcionado. Por exemplo, para quem procura termos como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Bolsa Família. Por isto, os golpes costumam explorar benefícios sociais.
Por Ana Beatriz Leal
Abrir uma rede social é se deparar com uma enxurrada de propagandas. Acontece que muitos dos anúncios são fraudulentos e atingem milhões de brasileiros, sobretudo os mais pobres. Quem lucra com isto são as big techs. Estudo do Projeto Brief, que analisou 16 mil anúncios sobre empréstimos na biblioteca da Meta. Do total, 52% apresentavam suspeita de golpe e 9% eram fraudes confirmadas.
Grande parte do lucro da Meta, que é dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, vem de publicidade. Muitos anúncios têm público direcionado. Por exemplo, para quem procura termos como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e Bolsa Família. Por isto, os golpes costumam explorar benefícios sociais, utilizando imagens e vídeos manipulados com inteligência artificial.
Como não há fiscalização eficiente nem responsabilização das empresas, a vítima é o usuário, já que as políticas de segurança protegem as grandes corporações. Regular as big techs é, portanto, fundamental para frear o aumento dos golpes digitais, que já atingiram 56 milhões de brasileiros e causaram R$ 40 bilhões em prejuízos nos últimos 12 meses.
