Fechamento de agência do Itaú atinge Dias D’Ávila
O encerramento da agência não é um fato isolado, mas parte de uma política deliberada de enxugamento que prioriza o lucro acima das necessidades sociais.
Por Julia Portela
Em manifestação contra o fechamento da agência do Itaú em Dias D’Ávila, o Sindicato dos Bancários da Bahia, junto à Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, esteve no local nesta quarta-feira (18/12) para denunciar mais um desmonte promovido pelo banco, que atinge diretamente trabalhadores e a população do município.
O encerramento da agência não é um fato isolado, mas parte de uma política deliberada de enxugamento que prioriza o lucro acima das necessidades sociais. Ao fechar a única unidade da cidade, o Itaú rompe seu compromisso com a população e com seus funcionários, negando o direito básico de acesso aos serviços bancários e aprofundando a exclusão, especialmente de idosos e trabalhadores que dependem do atendimento presencial. A agência atende cerca de 10 mil clientes, entre eles aproximadamente 3 mil contas de funcionários de empresas locais.
A medida expressa a lógica ultraliberal adotada pelo sistema financeiro: menos postos de trabalho, menos atendimento e maior concentração de renda. Essa prática sobrecarrega os bancários remanescentes, precariza as condições de trabalho e transfere à população o custo da digitalização forçada, sem qualquer garantia de inclusão ou qualidade no serviço.
Para Luciana Dória, diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, o momento vivido pela categoria é de extrema tensão. “O desmonte das agências presenciais reduz o nível de emprego, precariza o atendimento ao cliente e sobrecarrega os trabalhadores das agências receptoras. Temos recebido muitas denúncias de agências superlotadas e cobrado providências do banco. Só neste ano, o Itaú fechou 12 agências na Bahia, mesmo apresentando lucros bilionários”, afirmou.
O Sindicato dos Bancários da Bahia se posiciona firmemente contra o fechamento da agência do Itaú em Dias D’Ávila, previsto para o dia 7 de janeiro. A entidade solicitou o apoio do poder público, do prefeito e dos vereadores do município, para que acionem os órgãos competentes e se somem à luta contra mais esse ataque aos direitos dos trabalhadores e ao acesso da população aos serviços bancários.
