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PRAXE
Para quem conhece as elites nativas, que sempre usaram o Estado para fins privados, não surpreende a revelação de Bolsonaro, de que para substituir Celso de Mello no STF vai indicar um ministro de “estrita confiança, que tome cerveja comigo”. Como é tosco, inábil e boquirroto, alardeia o que vai fazer. Mas, é o pensamento predominante nas classes dirigentes. Com raras exceções.


INFERNAL
Antes do “alguém que tome cerveja comigo”, Bolsonaro já havia dado outra dica sobre o perfil do indicado para substituir Celso de Mello, que se aposenta do STF em novembro. Um ministro “terrivelmente evangélico”. Oração regada a álcool. Coisas dos tais “homens de bem”. É o conceito do ultraliberalismo neofascista sobre República e gestão do Estado.


VÍCIO
Embora costume, para confundir, acusar as esquerdas de “aparelhamento”, na real a direita, e agora a extrema direita, que está na moda e no poder, tradicionalmente fazem do público uma extensão do privado. A tese de Estado mínimo só vale para o povo, porque para o capital, para o poder econômico, o que prevalece é o Estado máximo. Apropriação do erário.


COMPLÔ
O apoio da alta burocracia estatal, principalmente no sistema de justiça, o controle da mídia, as fake news em massa e a cumplicidade de poderosas e influentes igrejas evangélicas têm sido vitais para Bolsonaro manter boa aprovação nas camadas mais pobres da população, justamente as mais penalizadas pelo governo. O despertar será bem amargo.


INTERESSANTE
Em um país onde o governo não tem projeto e navega como um mero barco à vela do ultraliberalismo, deixando a nação à deriva, o Plano de Reconstrução do Brasil, lançado pelo PT e boicotado pela mídia, pode servir como ponto de partida para um grande debate nacional. Claro, com emendas, alterações e até um substitutivo. O país precisa sair da letargia.

 

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