COLUNA SAQUE
SÓ REFORÇA
Pode até mudar, mas a sabatina no Senado de Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro para o STF, está marcada para quarta-feira, um dia após a aposentadoria de Celso de Mello. Enquanto isso, o Supremo mantém silêncio total sobre o julgamento da suspeição de Moro. Omissão que reforça o regime de exceção que o Brasil amarga desde o golpe de 2016.
O AGUARDO
Após confirmação do Senado, Kassio Nunes assume um STF dividido, com bancada lavajatista assumida, que inclui Fux, Fachin, Barroso e Cármen. Indicado por Bolsonaro, a tendência é ele não engrossar esse grupo. É grande a expectativa sobre como irá atuar, inclusive no julgamento da suspeição de Moro, primeiro grande desafio do novo ministro.
É HISTÓRICO
A acirrada briga entre Malafaia, pastor da Assembléia, e a Record, controlada pela Universal, escancara os rachas na base evangélica que dá sustentação a Bolsonaro. A história está cheia de exemplos das consequências nefastas para a humanidade, toda vez que se mistura política com religião. Combinação explosiva. Sempre.
SE ENTREGOU
A oposição de Luiza Trajano à taxação das grandes fortunas é a cara das elites nativas. As menos virulentas, que mordem e depois assopram. A atitude da mais rica empresária do Brasil comprova não passar de mero marketing social a campanha do Magazine Luiza, de promover treinamento só para negros. Não está preocupada com as desigualdades. É óbvio.
BOM EXEMPLO
O caso serve para nortear as negociações sobre teletrabalho entre patrões e empregados, inclusive os bancários. Tema atualíssimo na e no pós pandemia. Na Holanda, as empresas terão de pagar taxa extra aos empregados que estiverem em trabalho remoto. Justíssimo, afinal muitas despesas corporativas foram transferidas do capital para o trabalhador.
