COLUNA SAQUE
ESPERANÇA
A vitória de Boulos em São Paulo - chegar à finalíssima na cidade templo do capitalismo periférico nativo, com a sigla do PSOL, já é um fato vitorioso - fortalece a esperança das forças progressistas e da resistência democrática, independentemente do resultado do segundo turno. Claro, se ganhar será ótimo, estimula ainda mais a construção de novos tempos.
ABSTRUSO
Em Salvador, a eleição no primeiro turno, com frente expressiva, de Bruno Reis (DEM), e o desempenho sofrível dos candidatos da base do governo estadual, denunciam o equívoco tremendo que foi a divisão do campo em candidaturas independentes. Com a administração bem avaliada e a máquina municipal nas mãos, Neto atropelou. É a verdade. Queira ou não.
MELHOR
A partir do próximo ano, a luta dos bancários por uma vida melhor ganha ligação direta com a Câmara Municipal de Salvador, com a eleição de Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato da Bahia, que se licenciou para disputar uma cadeira de vereador. A categoria já teve grandes representantes na casa como Daniel Almeida e Everaldo Augusto.
RENOVAÇÃO
No Rio de Janeiro, a boa notícia é a eleição, com excelente votação, da arquiteta Mônica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, em um crime até hoje não solucionado. A presença de Manuela D`Ávila no segundo turno em Porto Alegre é animadora, como de Marília Arraes no Recife. Uma esquerda renovada emerge das urnas.
DERROTADO
Como já era previsto, a eleição municipal de domingo não seria o melhor dos mundos para as esquerdas, embora as urnas tenham dado um novo alento às forças progressistas. O grande derrotado é Bolsonaro, o projeto da extrema direita neofascista e negacionista. Quem ele apoiou se deu mal, na maioria dos casos. Vantagem para o Centrão, que vai emparedar o presidente.