COLUNA SAQUE
CHORO
Justamente por adulterar fatos, princípios e a história, o negacionismo é tão destrutivo quanto o câncer. Se deixar, contamina órgãos vitais para a democracia, essenciais à civilidade. Derrotado fragorosamente nas urnas, o bolsonarismo neofascista recorre à desculpa esfarrapada de que a eleição foi fraudada, para desacreditar o sistema eleitoral. Choro de perdedor.
CONFISSÃO
A declaração de Obama, de que reconhece o sucesso de Lula no combate à pobreza - contestar seria negacionismo - mas o reprova por “corrupção”, só faz reforçar as denúncias sobre o envolvimento dos EUA no golpe jurídico-parlamentar-midiático no Brasil. No governo dele iniciou a Lava Jato (2014) e ocorreu o impeachment (2016) sem crime de responsabilidade.
DISPARIDADE
Bom exemplo sobre a diferença entre democracia social e ultraliberalismo neofascista. Na Argentina, a Câmara dos Deputados acaba de aprovar a taxação das grandes fortunas, enquanto no Brasil o governo Bolsonaro anuncia o fim do desconto padrão de 20% na declaração simplificada do Imposto de Renda, que bom ou ruim alivia para as classes médias.
OMISSÃO
Parece brincadeira, mas infelizmente é uma tragédia anunciada. O novo apagão no Amapá, que ainda nem havia conseguido restabelecer plenamente o fornecimento de energia para a população, mostra o quanto a privatização de um setor vital é nocivo para a sociedade, principalmente as camadas mais pobres. O governo Bolsonaro e a Aneel cruzam os braços.
MEDONHO
Um show de estupidez, a entrevista na TV Bahia do prefeito eleito de Porto Seguro, Jânio Natal (PL). Bolsonarista encardido, disse que o vírus não se propaga no verão - não há comprovação científica - anunciou Carnaval para abril e a distribuição de cloroquina para a população e os turistas, entre outras asneiras. A emissora exibiu a imediata reação dos telespectadores.