COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
COM ESTOFO
A escolha dos temas e a expectativa gerada, tanto na OIT como no G7, dão a dimensão da influência que o Brasil voltou a ter na geopolítica global. Afinal, todo mundo quer saber o que Lula, reconhecido internacionalmente como um dos maiores estadistas, pensa sobre trabalho decente, taxação dos super-ricos e combate à fome. Questões emergenciais para a civilidade.
DURAS PROVAS
Em uma conjuntura radicalizada, em que a extrema direita não dá trégua, insiste na milícia virtual, fake news em massa e não desistiu do golpismo, dois fatos serão decisivos para o destino da democracia social: a escolha do substituto de Campos Neto no BC e o sucessor de Lira na Câmara. Para o campo progressista, não há a melhor opção, só a menos ruim. Nos dois casos.
AJUDA MUITO
A delicada situação dos progressistas nas mudanças dos comandos do BC e da Câmara Federal, sem chance de emplacar nomes comprometidos com a democracia social, mostra que a via institucional é importante, porém não resolve tudo. Mais do que nunca, é imprescindível e urgente a retomada da mobilização popular, para evitar surpresas golpistas. A direita é traiçoeira.
TEM OBRIGAÇÃO
Em respeito aos compromissos assumidos que o reconduziram à presidência da República, Lula tem de rejeitar a proposta de desvinculação dos benefícios sociais da valorização do salário mínimo. Da aposentadoria, nem pensar. Dos outros também seria uma grande injustiça, perante um governo que liberou quase R$ 400 bilhões para o agronegócio.
MAIS ADEQUADO
É questão de princípio. Um ministro que chega a ser indiciado pela PF por corrupção, como é o caso de Juscelino Filho (UB-MA), das Comunicações, tem de sair do governo. Até mesmo, se é inocente como afirma, para se concentrar na defesa. Senão repete a CBF, que convocou Paquetá, investigado, e o escala como titular da Seleção. Estimula a impunidade.