COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
DIFERENÇA BÁSICA
A declaração de Lula na Bolívia, de que o compromisso brasileiro hoje é “reduzir o déficit fiscal sem comprometer a capacidade de investimento público”, ou seja, não deixar os pobres à míngua, toca na essência da diferença entre a agenda ultraliberal, preocupada apenas com o lucro dos endinheirados, e a democracia social, voltada à redução das desigualdades.
NO PAREDÃO
As provas da participação direta de Bolsonaro no roubo das joias da União, apresentadas pela PF, são abundantes e materiais. Se a PGR não ceder às pressões da extrema direita e fizer a denúncia, dificilmente o STF deixará de aceitá-la, com plenas possibilidades de condenação. As evidências são tão concretas, que deixá-lo na impunidade desmoraliza todo sistema de justiça.
NOVO CHEFÃO
A continuar o agravamento da fama de Bolsonaro como golpista, trapaceiro e ladrão, como agora no caso das joias, o que reduzirá o capital eleitoral a uns poucos teleguiados insanos, aí a tendência é a direita se unificar para entregá-lo à própria sorte e até ajudar a sepultá-lo, a fim de abrir caminho para outro nome, um novo chefão. Segmentos das elites já vêm tentado isto.
MAIS PERIGOSO
Está claro que, diante da impossibilidade de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, o ultraliberalismo aposta no governador Tarcísio de Freitas como o nome preferido para a eleição presidencial de 2026. Aliás, ele tem transformado São Paulo em um autêntico laboratório fascinazista. Mais perigoso do que o “professor”, como, dias atrás, chamou o ex-presidente.
CONTA OUTRA
É muita cara-de-pau, melhor dizendo, cretinice, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, dizer que o risco da vitória russa na Ucrânia é encorajar “líderes autoritários no Irã, China e Coreia do Norte”. Ora, EUA e UE ameaçam bem mais a paz mundial do que qualquer outro país. Pura falácia imperialista para tentar justificar a guerra. E a mídia vende como “verdade”.