COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
É INUMANO
O escandaloso número de mortos - oficialmente 121 até o final desta quarta-feira (29-10) -, não deixa dúvida de que a operação policial do governador Cláudio Castro (PL) em favelas do Rio pode ter qualquer outro nome, menos segurança pública, dentro do que se concebe minimamente como civilidade, como Estado democrático de direito. O ultraliberalismo fascinazista é inumano.
MODELO MORO
As cerca de 400 mortes já ocorridas em violentas operações policiais no governo Cláudio Castro são a materialização do projeto do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de excludente de ilicitude, o qual concedia licença para o Estado matar. Vereador inexpressivo, Castro vira governador do Rio em 2021, após o impeachment de Witzel, no pico da tragédia bolsonarista.
BEM FASCINAZISTA
Assustadoras, as notícias de que a oposição quer se fortalecer na disputa pelo poder central com a matança promovida por Cláudio Castro, no Rio. A extrema direita tenta usar a morte como moeda eleitoral. A necropolítica tão defendida pelos bolsonaristas, Centrão, bancadas do boi, da bala e da bíblia vê pobres e pretos como caso de polícia. Direitos só para ricos e brancos.
VALE INVESTIGAR
Difícil o STF acatar o pedido de afastamento do governador do Rio, Cláudio Castro, feito pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), mas não custa nada atender a outra solicitação do deputado, de o Supremo abrir inquérito para apurar possíveis crimes cometidos por agentes públicos na chacina das favelas do Alemão e da Penha. Não pode ficar na impunidade.
FALSA MORAL
Realmente, a moral de jegue da extrema direita nunca falha. Os bolsonaristas vivem a jurar “Deus, pátria e família”, se dizem “homens de bem”, porém estão sempre a praticar e defender crimes bárbaros, que ofendem o humanismo no âmago. Como fazem agora, quando se deleitam com a carnificina do governador Cláudio Castro. Sem falar na trama golpista.
