COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
ANORMAL, CLARO
A segurança pública hoje preocupa e assusta o Brasil todo, a criminalidade alcançou níveis intoleráveis, realmente enfrentar o problema requer rigor, mas também exige inteligência. Na perspectiva do Estado democrático de direito, da civilidade, não dá para considerar normal a operação policial no Rio que só em um dia matou 64 pessoas. A matança não resolve o problema.
É NECROPOLÍTICA
A mais letal operação policial já feita na história do Rio, com mobilização de 2,5 mil policiais e 64 mortes nas favelas do Alemão e da Penha, reflete fielmente a necropolítica ultraliberal do governador Cláudio Castro (PL), bolsonarista da pior espécie, da mesma estirpe de Tarcísio de Freitas (PR), de São Paulo. É possível, sim, combater a criminalidade sem carnificina.
IGUAL BOLSONARO
O teatro de horrores de Cláudio Castro (PL), apoiador de anistia para golpistas e coligado de Eduardo Bolsonaro, culpado pelo tarifaço de Trump contra o Brasil, já acumula 330 mortes em 74 operações policiais, segundo a Folha. Assim como o chefe Bolsonaro, o governador do Rio é adepto da tese de que “bandido bom é bandido morto”. É o ultraliberalismo fascinazista.
NEUTRALIZAR FAKES
É sempre bom deixar claro, para desmascarar as fake news bolsonaristas. Constitucionalmente, segurança pública é atribuição dos estados, que têm fracassado vergonhosa e perigosamente. Isto não quer dizer que a União esteja isenta e o governo federal tem se esforçado para ajudar, inclusive com uma PEC, rejeitada pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
MESMA LINHAGEM
Fácil identificar a necropolítica da extrema direita em nível global. Bolsonaro tenta golpe de Estado no Brasil, Netanyahu promove o genocídio do povo palestino em Gaza, Trump espalha morte no Caribe e no mundo, o governador Cláudio Castro (PL) se vangloria por matança em favelas do Rio. Mesma linhagem político-ideológica. No popular, são da mesma laia.
