COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
BEM PREOCUPANTE
O que chama atenção na nova pesquisa Quaest não são apenas os 67% de aprovação da sociedade à chacina do governador Cláudio Castro (PL), com 121 mortos, que chega a 80% entre os bolsonaristas, mas sim o surpreendente apoio à operação entre lulistas (56%) e simpatizantes (46%). Reflete o avanço da concepção fascinazista na população. Altamente preocupante.
PARA RETARDAR
A defesa de Bolsonaro está, como se diz na gíria, estilo marcante do réu, “fazendo das tripas coração” para tentar retardar o início do cumprimento da pena por tentativa de golpe de Estado, pois teme o regime fechado e ele passe as festas de fim de ano no xilindró. Anuncia embargos infringentes que podem protelar um pouco, mas não o livra da cadeia. Cometeu crime grave.
TESTE SUPREMO
Expectativa nacional com a posição a ser tomada pelo STF. A rigor, os embargos infringentes são cabíveis quando não há unanimidade na decisão judicial, como foi o caso de Bolsonaro na 1ª Turma, pois Fux votou pela absolvição. Só que desde 2018 o Supremo decidiu só aceitá-los com no mínimo duas posições contrárias à condenação. Bom teste para Fachin.
PÉSSIMO EXEMPLO
Covarde como sempre foi, Bolsonaro está apavorado com a possibilidade concreta de passar o Natal e o Réveillon vendo o “sol nascer quadrado”, sem Papai Noel, presentes, árvore e muito menos ceia. Merece a penitência, pois causou muita dor e sofrimento ao Brasil e aos brasileiros. Será injusto livrá-lo do regime fechado, um péssimo exemplo. É periculoso para a democracia.
ACERTADA DECISÃO
"Não existe autoridade militar do réu em um tribunal civil. Não existe autoridade militar do réu perante o STF. O Exército não está presente como réu. O uniforme não é pessoal, é do Exército brasileiro”. Do ministro Alexandre de Moraes, relator do julgamento da trama golpista no STF, ao proibir militares de prestarem depoimento fardados. Está certíssimo.
