COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
ESTÁ PERDIDA
Com Bolsonaro inelegível e preso, a direitona - bolsonaristas, Centrão, bancadas do boi, da bala e da bíblia - está perdida eleitoralmente. Até agora não encontrou um candidato competitivo. Se Tarcísio, com os holofotes do governo paulista, ainda não conseguiu deslanchar como presidenciável, pior ainda os demais pretendentes. Lula se mantém líder em todas as pesquisas.
TOTAL DEPENDÊNCIA
Na corrida presidencial, nomes não faltam na extrema direita, apoiados por boa parte da direita dita “liberal”: Tarcísio, Zema, Caiado, Ratinho Jr., Michele e até o traidor da pátria Eduardo. Todos sem capilaridade eleitoral. Só vaidade. Daí a necessidade do apoio de Bolsonaro. Pode não garantir vitória, mas pelo menos dá o mínimo de competitividade para a disputa.
CLÂNICA REALIDADE
Dentro de uma interpretação bolsonarista clânica, Eduardo, que está há nove meses nos EUA e continua deputado, recebendo normalmente do dinheiro público, tem razão ao afirmar que se o clã endossar o nome de Tarcísio ou outro candidato, será o fim definitivo da liderança de Bolsonaro na extrema direita. Só que, como dizia Belchior, “o novo sempre vem”. O mundo gira.
OUTRO EQUÍVOCO
Na extrema direita e na direita associada, há quem acredite que a prisão de Bolsonaro ajuda a oposição na corrida eleitoral, que a farsa de perseguição política vai render votos. Pode até servir para mobilizar uma minoria barulhenta e teleguiada, mas nunca para convencer o conjunto da sociedade que, conforme as pesquisas, repudia a tentativa de golpe de Estado.
CUIDADO PLENO
Inferiorizada político e eleitoralmente, desmoralizada no plano legal, penal, com as prisões de importantes lideranças, inclusive Bolsonaro, por conspiração golpista, a tendência é a extrema direita partir para a ignorância e intensificar ainda mais os ataques contra a democracia social e o presidente Lula. Todo cuidado é pouco. “O seguro morreu de velho”.
