Ataques aos trabalhadores devem ser barrados

Mesmo com a derrota de Bolsonaro, o Congresso Nacional tem um perfil ultraconservador e privatista. Prova disto é o PL 1418/21, conhecido como nova reforma trabalhista, que pode ir à votação na semana que vem 

A mobilização para defender os direitos dos trabalhadores e impedir os ataques ainda em curso não deve parar. Parlamentares de direita, inimigos dos bancários e demais categorias, tentarão ressurgir, até a próxima semana na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, propostas que retiram direitos e precarizam as relações. 


Mesmo com a derrota de Bolsonaro, o Congresso Nacional tem um perfil ultraconservador, neoliberal e privatista. Prova disto é o PL 1418/21, conhecido como uma nova reforma trabalhista. 


Sob a alegação de estimular a contratação de jovens entre 18 e 29 anos, o texto, previsto para ir a votação na terça-feira (23/05), reduz salários, corta pela metade a contribuição para o FGTS, ataca as receitas da Previdência e corta drasticamente recursos destinados ao Sistema S.


O PL 10/22, que trata da regulação do teletrabalho, também merece atenção. O projeto estava na pauta da CAE desta terça-feira (16/05), e o relator da proposta, senador Plínio Valério (PSDB-AM), indicou rejeição e arquivamento do projeto, por implicar em avanços. Porém, como o parecer é objeto de debate, a posição não está consolidada e existe a possibilidade de alterações no relatório. 


Vale recordar que os bancários foram pioneiros na regulamentação da modalidade a partir de acordos e da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Situações que garantiram direitos superiores aos previstos nas normas vigentes da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Todo cuidado é pouco.