COE exige responsabilidade do Itaú
O fechamento desenfreado de agências bancárias do Itaú, 241 somente em 2025, causa sérios transtornos a clientes e funcionários. As poucas unidades que escapam do tal processo de reestruturação vivem superlotadas. Enquanto clientes chegam a esperar 4 horas por atendimento, os bancários trabalham no limite da sobrecarga.
Por Rose Lima
O fechamento desenfreado de agências bancárias do Itaú, 241 somente em 2025, causa sérios transtornos a clientes e funcionários. As poucas unidades que escapam do tal processo de reestruturação vivem superlotadas. Enquanto clientes chegam a esperar 4 horas por atendimento, os bancários trabalham no limite da sobrecarga.
O cenário é surreal e comprova a irresponsabilidade do maior banco privado do país, que em apenas 9 meses obteve lucro líquido de R$ 34 bilhões. O assunto foi colocado na mesa de negociação pela COE (Comissão de Organização dos Empregados), nesta terça-feira (18/11).
As evidências foram apresentadas pela diretora da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Luciana Dórea, que mostrou fotos de visitas feitas no Comércio e Calçada. As unidades que receberam a demanda de agências fechadas estavam impraticáveis. Era difícil até entrar nos locais.
“Reforçamos a urgência de o banco fazer melhor essa transição, que ele tem chamado de ‘reestruturação do atendimento’. É preciso garantir a qualidade tanto no atendimento quanto no ambiente de trabalho”. A falta de critérios e diálogo no processo.
O Itaú informou que até 2030 passará a operar dividido em seis segmentos: Agro, Person, Média Renda, Massificado, Aposentados e Servidores. A COE questionou o impacto concreto das mudanças no cotidiano dos bancários.
Sobre o teletrabalho, a COE entregou um ofício à direção do banco com propostas de alterações no ACT. A intenção é garantir mais transparência, respeito à privacidade e criar mecanismos formais de feedback. O Itaú ficou de construir, junto com a COE, cláusulas específicas para proteger os bancários em regime remoto.
