COLUNA SAQUE
MUITO GRAVE
A sociedade precisa saber. A autonomia do Banco Central não impacta apenas no mercado de capitais. O estrago é infinitamente maior. A retirada do poder do Estado de definir a política econômica é uma agressão à soberania nacional. Coloca o sistema financeiro acima da nação e da República. Deixa a sociedade refém da ganância dos bancos.
JÁ TEM
A tal autonomia do Banco Central é mais uma tramóia do ultraliberalismo neofascista que Bolsonaro serve. Na real, o BC já atua autônoma e livremente no mercado, mas, claro, respeitando a soberania do Estado e com foco nos interesses nacionais. O que eles querem é independência. Ou seja, primeiro os bancos, depois o Brasil e os brasileiros.
PARA ONTEM
O grau da lesão que a autonomia do BC vai causar ao Brasil pode ser dimensionado pelo fato de até o senador José Serra (PSDB-SP), neoliberal convicto, protagonista da “privataria tucana”, se posicionar contra. É preciso, imediatamente, uma concentração de esforços suprapartidários, além das ideologias, para barrar mais um crime de lesa-pátria do governo Bolsonaro.
UMA LÁSTIMA
A votação do pedido de urgência na Câmara Federal para o projeto de autonomia do BC serviu para mostrar que muitos deputados dos partidos incluídos nas forças progressistas não são tão progressistas assim. Isso mesmo, 15 parlamentares do PSB e PDT votaram a favor da urgência. Se é do campo democrático, tem de se opor, e não servir ao ultraliberalismo.
VAI ASSUMIR?
Coincidência ou não, teoria da conspiração ou não, o fato é que as notícias sobre o recém lançado livro em que o general Villas Boas revela que a prisão de Lula foi decisão do alto comando do Exército explodem na mídia justamente quando a sociedade clama pelo julgamento da suspeição de Moro. O STF tem de se pronunciar, senão admite subjugação.