COLUNA SAQUE
OUTROS MEIOS
No capitalismo, principalmente no estágio rentista, tecnológico, com amplo controle social por parte do sistema financeiro, as Forças Armadas, assim como demais organismos poderosos do Estado, se guiam pelo dinheiro. Golpe militar exige autorização do mercado, que hoje tem outras formas menos violentas para violar a vontade popular e saquear a riqueza nacional.
ALTO RISCO
O neofascismo sabe que a proposta de votação auditável é inconstitucional por romper a inviolabilidade do voto. A intenção é, se conseguir aprovar no Congresso de maioria governista, obrigar o STF a torná-la ilegal, criando assim o estopim para uma crise institucional. Sem saída pela via democrática, Bolsonaro fará de tudo para se salvar pela força. Jogo arriscado.
É SIMPLES
Claro, não há como levar a sério a ideia de transformar as Forças Armadas em poder moderador, como quer a estupidez bolsonarista. Mas, se como afirmou Bolsonaro, em mais uma bravata golpista, a caserna está comprometida com a vontade popular, então não há problema. Nada a temer. Basta garantir eleições livres e respeitar o resultado das urnas. De boa.
VEM LAMA
A operação de busca e apreensão da PF em endereços do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do presidente do Ibama, Eduardo Bim, e de funcionários graduados dos dois órgãos, pode puxar o fio do novelo que amarra o governo Bolsonaro ao tráfico de madeira e outros crimes. Os desdobramentos serão tenebrosos. Contra o neofascismo bolsonarista, a lei.
SÓ ROSNANDO
Como se não bastassem o escândalo do Bolsolão-Tratoraço, os apuros na CPI da Covid, que fecha o cerco contra a necropolítica genocida, e a liderança de Lula que tanto enlouquece os bolsonaristas, agora acontece a operação da PF contra Salles, acusado de usar o ministério para ajudar contrabandistas de madeira. O neofascismo está acuado. Bolsonaro rosna.
