COLUNA SAQUE
RISCO
Nada demais a Folha entrevistar Steve Bannon, ícone mundial da extrema direita fascinazista, ultraliberal e negacionista. Questionável é a reprodução de opiniões como chamar de “guerrilheiros da liberdade” os terroristas do 8 de janeiro e dizer ter havido fraude na eleição brasileira. Eleva o risco de estímulo ao fascinazismo, ainda perturbador. Caso cheio de controvérsias.
OBJETIVIDADE
Toda a polêmica sobre a entrevista de Bannon à Folha reafirma a necessidade de novos paradigmas para o conceito, inclusive legalmente, do que seja liberdade de imprensa. Quais os limites? A democracia é o regime no qual não se pode tudo. A questão tem forte carga subjetiva, por isto mesmo requer parâmetros para garantir o mínimo de objetividade.
INSETICIDA
O Globo, que costuma receber da alta burocracia estatal informações privilegiadas, diz que Anderson Torres vai fazer delação premiada e que Bolsonaro, os filhos e auxiliares estariam apavorados. Preso em Brasília, o ex-ministro da Justiça é considerado um dos principais protagonistas do plano golpista. Está em situação delicada, “entre o inseto e a inseticida”.
RAPINAGEM
A descoberta de que Bolsonaro recebeu um terceiro lote de joias da monarquia saudita, incluindo diamantes e relógio Rolex, escondido em fazenda do apoiador Nelson Piquet, denuncia o nível da rapinagem praticada no governo passado, que operava no atacado e no varejo. É inacreditável! Tudo feito por quem falava tanto em “família, pátria e Deus”. Degeneração.
APAVORADO
Parece piada. O senador Sérgio Moro (UB-PR), carimbado pelo STF como juiz “incompetente e parcial”, cujas decisões na Lava Jato foram anuladas por vícios, flagrado em tramoias com o procurador Deltan Dallagnol, tem a cara de pau de alegar suspeição do novo juiz titular da operação, Eduardo Appio, por ouvir o advogado Taclan Duran. Está morrendo de medo.
