COLUNA SAQUE
VITAIS
A redução dos juros e a aprovação de um marco fiscal capaz de desconcentrar a renda, em vez de concentrar ainda mais, são pré-requisitos indispensáveis ao êxito da vontade popular expressa nas urnas, que é a democracia social, a qual não se limita ao simples direito do voto, mas também ao compromisso com a superação da pobreza e das desigualdades.
DESVIOS
Embora sejam também questões importantes que o Brasil precisa resolver, o fato é que enquanto as atenções da sociedade se voltam para as joias da monarquia saudita que Bolsonaro se apropriou e o escândalo de propina na Lava Jato, envolvendo Moro e Dallagnol, a reforma tributária, vital para a democracia social, segue sem grandes pressões dos movimentos populares.
INDECOROSIDADE
O pedido do Ministério Público Federal do Paraná de anulação do depoimento do advogado Rodrigo Tacla Duran, que afirma ter sido chantageado via propina de US$ 5 milhões para não ser preso pela Lava Jato, o que incrimina Moro e Dallagnol, reflete a politização do sistema de justiça. A intenção não é conhecer os fatos, a realidade, mas sim proteger parceiros.
EMBUSTICE
No sábado completou 59 anos da infeliz ditadura civil militar (1964-1985), uma farsa política, econômica, institucional, ética, moral e até histórica, pois adultera a data exata do golpe, ocorrido em 1º de abril, embora os militares insistam em dizer que foi em 31 de março, para fugir do Dia da Mentira. Foram 21 anos de horror, medo e violência, que Bolsonaro queria reviver.
LEGALIDADE
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, que proibiu comemorações na caserna pelo aniversário do golpe de 1964, garante punir quem descumprir a ordem, inclusive em atos promovidos por reservistas. Ele está certíssimo. Afinal, não dá para tolerar celebrações de episódios criminosos, como foi a ditadura civil militar (1964-1985). Passa a ideia de que o crime compensa.
