COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
NENHUMA DÚVIDA
Só por ingenuidade ou cretinice para duvidar da afirmação de Lula, de que as agressões de Trump, como o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros, visam criar as condições propícias para a “mudança de regime” no Brasil, maior potência do Sul global. O plano é golpear o projeto de democracia social, por não se submeter à agenda ultraliberal do imperialismo (EUA e Europa).
SEMPRE VASSALAS
Causa indignação e revolta, mas não surpreende Bolsonaro bater continência para a bandeira norte-americana, o filho Eduardo estar nos EUA tramando contra a pátria, parlamentares apoiarem as agressões de Trump ao Brasil e ainda exaltá-lo no Parlamento. As elites brasileiras sempre foram vira-latas, vassalas do império. A novidade é que gora a máscara caiu de vez.
SEM ESCRÚPULOS
Como são movidos por impulsos fascinazistas, pela negação da História e da ciência, etnocentrismo insano e exacerbação do eu, tão estimulado pelas big techs, princípios como civilidade, democracia, solidariedade e receio do ridículo são desprezados pelos bolsonaristas e classificados como “coisas de comunistas”. Por isto se vangloriam de servir aos EUA contra o Brasil.
OPINIÃO ABALIZADA
“Bradesco, Itaú, Santander, BB, todos terão que se pautar pela lei brasileira em primeiro lugar”. A declaração do ex-diretor executivo do FMI (2007-2015), Paulo Nogueira Batista Júnior, expõe os limites da Lei Magnitsky em território nacional. Para ele, o Brasil precisa reagir com firmeza. Está coberto de razão. O tarifaço de Trump só atinge 6% das exportações. Reciprocidade já.
CENÁRIO BRICS
No desespero pelo ocaso imperial que se aproxima, Trump toma medidas que só fazem apressar o fim da hegemonia global dos EUA. A desdolarização é inexorável. Que país ou pessoa pode confiar no dólar, se de uma hora para outra tem o dinheiro confiscado? Como acreditar no mercado estadunidense com tarifaços políticos? Neste cenário, o Brics avança na multipolaridade.