COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
COMO XADREZ
A extrema direita está em polvorosa. A partir de terça-feira começa a contagem regressiva para a condenação e prisão não apenas de Bolsonaro e os outros sete do núcleo crucial, mas de todos os 31 réus da trama golpista. As provas são como um xeque-mate no xadrez, indefensáveis, e expõem o ex-presidente como líder da conspiração para golpe de Estado. Sem saída.
NUNCA MAIS
Vale a pena sempre repetir para dar exemplo à sociedade, à nação, inclusive reafirmar o início de novos tempos para o aperfeiçoamento do Estado democrático de direito no Brasil. É a primeira vez que figurões das elites são colocados no banco dos réus por tentativa golpista. E tudo indica que serão condenados e presos. Um grande avanço republicano. Golpismo nunca mais.
EXEMPLO GLOBAL
A afirmação da revista britânica The Economist, inclusive com destaque na capa, de que “O Brasil oferece aos Estados Unidos uma lição de maturidade democrática”, serve para calar a extrema direita bolsonarista, movida pelo complexo de vira-lata, acostumada a esculhambar o que é brasileiro e exaltar o que vem de fora, especialmente dos EUA e Europa. Vassalos do império.
FALTA ATITUDE
Com mandatos controversos e conturbados nas presidências da Câmara e do Senado, marcados por falta de firmeza perante as chantagens da extrema direita e da direita cumpliciada, alvos até de motins, o deputado Hugo Motta (PR-PB) e o senador Davi Alcolumbre (UB-AP) amargam desgastes entre governistas e oposicionistas. Falta aos dois coragem republicana.
UMA INSOLÊNCIA
A desfaçatez do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), há seis meses nos EUA conspirando contra o Brasil e a soberania nacional, de pedir autorização para exercer o mandato de forma remota, fora do país, só acontece por causa da covardia do presidente da Câmara, Hugo Motta (PR-PB), que hesita em tomar uma atitude ao nível que o caso exige. Como diz o povo, “quem acha, encaixa”.
