COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
DUAS INFERÊNCIAS
Esta conversa fiada de Trump que “pintou uma química”, gostou de Lula e outras estorinhas mais não passa de jogo de cena, como fez Obama, ao dizer “Lula é o cara”, quando estava tramando a Lava Jato. Todo cuidado é pouco. Agora, também fica evidente que os EUA sentiram a importância geopolítica do Brasil, a liderança no Brics e a determinação na soberania nacional.
COMO SEMPRE
Mais uma vez Lula foi brilhante na ONU. Reafirmou a orientação democrática do governo brasileiro, classificou os ataques de Israel em Gaza como genocídio, defendeu, como outros 140 países, a criação do Estado palestino, destacou o valor da multipolaridade e da autodeterminação dos povos, princípios básicos do Brics, na construção de uma nova ordem global.
EFEITOS ONU
A 80ª Assembleia Geral da ONU, que vai até sábado, tem sido importante para a fragilizar o fascinazismo de Trump, Milei, Bolsonaro, Tarcísio e demais lacaios nativos. No plano externo o Brics sai fortalecido, os EUA e Israel ainda mais isolados, enquanto os efeitos no Brasil favorecem a democracia social e deixam os bolsonaristas ainda mais divididos e perdidos.
QUE VERGONHA
Lamentável, o baixo nível que tomou conta da Câmara com Arthur Lira (PP-AL) e se mantém com Hugo Motta (PR-PB) na presidência. Virou terra sem lei, as facções da direita delinquente se sobrepõem, vergonhosamente, aos interesses públicos. Daí a aprovação da PEC da bandidagem, urgência para anistia e a recusa em cassar os mandatos de Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro.
MUDANÇA RADICAL
A partir da ascensão da extrema direita no Brasil, com Temer e Bolsonaro, o Legislativo, historicamente controlado pelos donos do dinheiro, perdeu o mínimo que ainda restava de princípio republicano. Se transformou em mero comitê de grupos econômicos e políticos delinquentes, sem o menor pudor de usar a instituição para fins inescrupulosos. Precisa mudar, radicalmente.