Mudanças no BB não condizem com gestão da democracia social

A decisão contraria o debate nacional sobre a redução da jornada de trabalho, defendida por movimentos sociais, centrais sindicais e por setores do próprio governo federal.

Por Julia Portela

O Banco do Brasil anunciou, na última sexta-feira, mudanças que atingem funcionários das funções de assessor I, II e III em unidades estratégicas da instituição. Em reunião com o movimento sindical, na segunda-feira, a direção da empresa confirmou a proposta de ampliar a jornada de 6 para 8 horas diárias. 

 


A alteração, inicialmente, está prevista para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ainda que a Bahia não esteja incluída neste momento, a ofensiva da direção do banco evidencia um modelo de gestão alinhado com práticas neoliberais, que priorizam o aumento da produtividade em detrimento dos direitos.

 


A decisão contraria o debate nacional sobre a redução da jornada de trabalho, defendida por movimentos sociais, centrais sindicais e por setores do próprio governo federal. O diretor jurídico do Sindicato dos Bancários da Bahia, Fábio Ledo, criticou duramente a medida: “a mudança é incoerente, principalmente quando ganha corpo o debate de diminuição da carga horária”.

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